segunda-feira, 15 de agosto de 2011

É que eu preciso que o deus venha




Vida solta
Canto triste
Margaridas no lugar de girassóis
Porta aberta
Vento pouco
Nada que faria o mundo desabar

Foi chegando
Como um raio
Aquecendo tudo ao seu redor
Trouxe canto
Ventania
Bagunçando folhas e lençóis

Eu queria mais que tudo
Ver nos seus olhos o pecado da maçã
E que ardesse como a chama
Que queimava bruxas e pagãos

Guerra armada
Apertada pelos braços de Morfeu
Foi travada a batalha
Quem ganhasse seria o meu Deus

Vida aberta
Vento triste
Girassóis fazendo o mundo desabar
Canto pouco
Porta solta
Bagunçando tudo ao meu redor

Se amaram
Como loucos
Não cabia mais nenhuma dor
Foi tão denso
Como chuva
Que entrava por janelas e portões

Guerra armada
Apertada pelos braços de Morfeu
Foi travada a batalha
Quem ganhasse seria o meu Deus

sábado, 7 de maio de 2011

Se eu mentisse sobre as falas que me disse quando ouvi

Seríamos opostos perdidos entre o mar aberto e os olhos tristes de quem era feliz?
Soubéssemos antes de todo esse fim, fugiríamos loucos, tontos, embriagados por toda verdade exposta em palavras, outrora, veladas pelo perfume da flor. Ou repetiríamos cada gesto duro, palavras amargas, mãos desatadas, agudos tão densos e aquela velha mala marrom restando como símbolo do que já chamamos de amor e agora chamamos de melhor solução para algo que não deu certo. Parecendo que o fim do amor é dar certo.
Preferia antes, sem as molduras, o quadro bastando, sem tantas definições para tudo quanto há.
Sabe, às vezes desaprende-se a andar, vira um só. E o amor é tudo, menos virar um só.